Uma estrada pela frente e uma passada firme e contínua. É
assim que sinto movimento da viola caipira no Brasil neste momento. Uma nova
geração de violeiros desponta pelos webmeios com muita criatividade e
sentimento de tradição.
Alguns violeiros da geração anterior, músicos exímios e
professores atenciosos, jovens do século XXI estão se dedicando à um
instrumento musical que chegou ao país junto dos primeiros portugueses, lá
pelos anos de 1500.
Hoje, em Santa Catarina, há muitos jovens (alguns deles
jovens há muito tempo) que estão descobrindo na viola caipira um meio de
canalizar a criatividade, a musicalidade, a poesia, os sentimentos. São
registros que esse instrumento tão singular e brasileiro pode oferecer à
cultura.
Recentemente estive participando de um evento para
sindicalista e jornalistas onde tive a oportunidade de conhecer um violeiro do
oeste catarinense e, juntos, fizemos uma breve apresentação. Foi um momento
cultural-artístico gratificante e mais ainda foi ver naquele público um
reconhecimento por esta maneira tão singular e caipira de se expressar.
A viola é um instrumento cativante e amistoso. Já nos
primeiros ponteios é visível o sorriso no rosto dos ouvintes e apreciadores. É uma memória
coletiva que vem dos sons lá dos campos, das roças, do nascer do sol com os
passarinhos, do mugido do gado, as galinhas ciscando nos terreros, do cheiro de
pão-de-queijo e café, de sorriso farto e conversa tranquila na varanda.
Uma lembrança que vem dos tempos em que viver era mais
simples, onde amizade era um tesouro e as pessoas viviam em comunhão. Esses
tempos fazem bem na lembrança. Essas atitudes e sentimento podem trazer um
equilíbrio e auxiliar a trazer paz nos tempos agitados de hoje. Por isso,
acredito, o som da viola caipira nos remete a um outro lugar que nos faz
refletir sobre o agora.
Tá na hora do café! Se achegue cumpadi.
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