quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Dica de leitura


Amigos

Quero deixar como dica de leitura aos interessados na origem da viola caipira esse livro que estou lendo. “Origens Árabes no Folclore do Sertão Brasileiro”, de Luis Soler, está sendo uma ótima leitura.

Com informações embasadas e de fontes seguras, o autor escreve com autoridade de quem esteve nas terras ibéricas das quais comenta.

Ele escreve das heranças culturais deixadas pelos mouros durante a ocupação européia, principalmente na Península Ibérica e Sicília, por cerca de 800 anos (séculos VIII ao XIV). Desde arquitetura, língua, ciências, religião e artes (inclusive música, poesia e confecção de instrumentos). 

Relata como era Portugal na época das navegações e a influência da presença árabe na formação do povo lusitano e, consequentemente, do povo brasileiro.

Muito bom!


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

MUSICOTERAPIA APLICADA EM TRATAMENTOS



ACORDES MUSICAIS
Por Beatriz García Cardona


O conhecido efeito Mozart, a musicoterapia e outros estudos sobre o assunto apontam para reafirmar o poder de cura da música.

O uso da música como via terapêutica é tão antiga quanto o próprio homem. Já nos papiros médicos egípcios de 1500 AC há evidências do seu valor no tratamento de questões relacionadas com a fertilidade feminina.

Mas foram os gregos que consideravam a música com abordagem científica, quando usada como agente terapêutico. Na verdade Pitágoras, filósofo grego, recomendava cantar e tocar instrumentos musicais todos os dias para remover do organismo emoções prejudiciais, tais como ansiedade, medo e raiva. Não é nenhuma novidade que a música cura, mas em nossa cultura ocidental testes de laboratório são necessários para reconhecer que seu poder é realmente eficaz.

O Efeito Mozart

No início dos anos 90 um estudo realizado pela psicóloga Frances Rauscher e Gordon Shaw, neurobiólogo da Universidade da Califórnia, EUA, trouxe à luz na revista Nature, o que seria o início da polêmica teoria conhecida como o Efeito Mozart: 36 alunos ouviram a Sonata para Dois Pianos em Ré Maior, de Wolfgang Amadeus Mozart durante 15 minutos; imediatamente após foram submetidos a testes para avaliar seu raciocínio espaço/temporal. Outros dois grupos realizaram testes idênticos com a única diferença de um dos grupos ter passado o mesmo tempo ouvindo musicas de relaxamento e o outro ter ficado em absoluto silêncio.

Curiosamente, a pontuação ( traduzida para a escala de avaliação de QI) resultaram ser de oito a nove pontos superiores depois de ouvir Mozart, em comparação com outras situações. Esta conclusão foi muito breve, mas suficientemente importante para não ser indiferente a qualquer pesquisador.

Um par de anos mais tarde, Rauscher e Shaw indagaram ainda mais sobre a base neurológica do aumento da capacidade de raciocínio, testes de inteligência espacial. Desta vez, para 79 jovens projetaram 16 figuras de papel dobrado de diversas formas. Cada projeção durou um minuto e eles tinham que adivinhar qual a forma que estes números teriam quando fossem abertos.

Durante 15 dias, um grupo escutou a sonata de Mozart, outro grupo fez o teste em silêncio e um terceiro ouvido uma mistura de outros compositores. Os resultados foram que o grupo de Mozart poderia prever 62%, enquanto o percentual do grupo de silêncio foi de 14 e 11 no grupo de sons misturados.

A polêmica estava lançada: vários pesquisadores tentaram reproduzir aquele efeito, sem sucesso; outros foram capazes de verificar os resultados positivos, aumentando assim o interesse no impacto da música do célebre compositor sobre o cérebro humano. Atualmente não há dúvida de que o efeito Mozart existe, ainda que limitado ao raciocínio espaço/temporal.

Medicina recuperativa

Até o final do século XIX o músico e educador austríaco Emile Jaques Dalcroze, desenvolveu um método para aprender e vivenciar a música através do movimento. Ele argumentou que o corpo humano é capaz de ser efetivamente educado sob o impulso da música. Tornou-se assim o precursor da musicoterapia como um método alternativo para o tratamento de várias doenças.

Esta prática é o uso terapêutico da música e / ou seus elementos por um profissional qualificado com um paciente ou grupo, em um processo destinado a facilitar e promover comunicação, aprendizagem, expressão, movimento, ou outros objetivos terapêuticos relevantes a fim de proporcionar o equilibrio físico, mental, social ou cognitiva. O que se busca é restaurar as funções do indivíduo para alcançar uma melhor organização intra e interpessoal para assim melhorar sua qualidade de vida.

Como a Música Cura

A influência positiva da musicoterapia é uma questão complexa, influenciada pela estrutura e funções do sistema nervoso central e sistema nervoso autônomo, as glândulas endócrinas e órgãos internos. Tudo isso é combinado em uma combinação complicada, com a obra musical, com sua melodia, harmonia, ritmo, timbre e a disposição psíquica particular de cada paciente.

A música, de acordo com as características mencionadas,pode mover ou bloquear a sensibilidade emocional da pessoa, sua memória, imaginação e suas representações mentais.

O terapeuta que utiliza a música como um método de tratamento deve saber exatamente quando e como fortalecer ou enfraquecer, segundo seja necessário, essas qualidades inerentes ao ser.

Certos padrões sonoros, por si só, podem gerar ondas cerebrais alfa. Quando se ouve uma música, o corpo tende a seguir o ritmo. Não há necessidade de uma profunda concentração sobre o que está acontecendo, mas devem ocorrer em uma sintonia ritimada e automática.

Assim, o efeito da música vai se transformar em um tipo de massagem sônica que ajuda a eliminar o estresse, causado pela vida cotidiana carregada de stress e ansiedade.

A musicoterapia pertence à medicina de recuperação e é indicada para estresse, problemas de socialização, bem como distúrbios físicos, mentais, emocionais, e serve como um regulador dos estados de humor.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Dia do Compositor Brasileiro

Hoje, dia 7 de outubro, comemora-se o dia do compositor brasileiro. Profissional, artista, poeta, visionário importante para a música mundial pois ele pode ser uma ligação direta com a divindade, de onde vem toda música.
Pessoa de inspiração ímpar, o compositor do bem, da música séria e com conteúdo.

Parabéns a todos compositores que elevam o nível da música, colocando-nos mais próximos do Criador.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Siba e Roberto Corrêa na TV Câmara

Confira o terceiro bloco do programa Talentos.

Siba e Roberto Corrêa na TV Câmara

Confira o segundo bloco do programa Talentos.

Programa Talentos com Siba e Roberto Corrêa

O pernambucano Siba e o mineiro-brasiliense Roberto Corrêa são músicos que representam a renovação técnica de seus instrumentos. Em 2009, eles lançaram o CD "Violas de Bronze", que traz composições dos dois músicos interpretadas nas violas caipira, de cocho e nordestina e na rabeca. É um CD de fusão de estilos de instrumentistas/compositores que criaram sua própria assinatura em cima de tradições já estabelecidas. Isso pode ser conferido em faixas como a dobradinha "Caninana do Papo Amarelo" e "Jararaca Chatearia", de Roberto, ou as canções "Casa de Reza" e "Da Espera", de Siba. O trabalho, que levou oito anos até se materializar, é uma reunião de dois poetas populares, versejadores de tradições tão distantes quanto o maracatu de baque solto e as cantorias de viola mineira ou pernambucana.




Confira o bloco 1