quinta-feira, 7 de abril de 2011

Os sons e seus efeitos nos seres vivos

Os sons, desde o início dos tempos, provocam efeitos nos seres ouvintes. Homens e animais, e até os vegetais, têm reações diversas aos tipos de sons. A música tem essa capacidade ampliada pelo fato de usar sons harmônicos que alcançam mais profundamente o inconsciente.

São muitos os pesquisadores que estudam os efeitos da música nos seres vivos. Em humanos essas capacidades são estudadas pela pedagogia, pelas ciências sociais, pela medicina, e diversas outras especialidades, até pelas religiões.

Trago aqui um trecho do livro “Efeito Mozart”, de Don Campbell, que fala sobre esse aspecto da música.

Estudem, examinem e façam bons proveitos.

 “ALÉM DE AMADEUS” 

¯    O Canto Gregoriano usa os ritmos da respiração natural para criar uma sensação de amplidão descontraída. É excelente para o estudo e a meditação silenciosas e pode reduzir o estresse.
  
¯    A música barroca mais lenta (Bach, Handel, Vivaldi, Corelli) comunica uma sensação de estabilidade, ordem, previsibilidade e segurança e cria um ambiente mentalmente estimulante para o estudo e o trabalho.
  
¯    A música clássica (Haydn e Mozart) tem clareza, elegância e transparência. Pode melhorar a concentração, a memória e a percepção espacial.
  
¯    A música romântica (Schubert, Schumann, Tchaikovski, Chopin e Liszt) enfatiza expressão e sentimento, com freqüência evocando temas de individualismo, nacionalismo ou misticismo. É mais útil para ampliar simpatia, compaixão e amor.
  
¯    A música impressionista (Debussy, Fauré e Ravel) é baseada em humores e impressões musicais de fluxo livre e evoca imagens de sonho. Um quarto de hora de devaneio musical, seguido por alguns minutos de alongamento, pode liberar seus impulsos criativos e colocá-lo em contato com seu inconsciente.

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      Jazz, blues, Dixieland, soul, calipso, reggae e outras formas de música e dança provenientes da expressiva herança africana, podem animar e inspirar, liberar profunda alegria e tristeza, transmitir agudeza e ironia e afirmar nossa humanidade comum.
  
¯    Salsa, rumba, merengue, macarena e outras formas de música latina têm um ritmo vivo e uma batida que pode fazer o coração disparar, aumentar a respiração e coloca em movimento o corpo inteiro. O samba, entretanto, tem a rara capacidade de acalmar e despertar ao mesmo tempo.
  
¯    As músicas de big bands, pop, top 40 e country podem inspirar movimentação leve a moderada, engajar as emoções e criar uma sensação de bem-estar.
  
¯    O rock e o pop de artistas como Elvis Presley, Rolling Stones ou Michael Jackson podem sacudir as paixões, estimular uma movimentação ativa, liberar tensões, mascarar dores e reduzir o efeito de outros sons, altos e desagradáveis, no ambiente. Também podem criar tensão, dissonância, estresse e dor no corpo quando não estamos dispostos a ser entretidos de forma enérgica.
  
¯    A música ambiente ou New Age, sem ritmo dominante (por exemplo, a música de Steven Halpern ou Brian Eno), prolonga nossa sensação de espaço e tempo e podem induzir um estado de alerta descontraído.
  
¯    Heavy metal, punk, rap, hip hop e grunge podem estimular o sistema nervoso, levando a um comportamento dinâmico e à auto-expressão. Também podem sinalizar a outras pessoas (em especial adultos que vivem na mesma casa que seus adolescentes musicalmente invasivos), a profundidade e a intensidade do tumulto interior da geração mais jovem e sua necessidade de liberação.
  
¯    Músicas religiosas e sacras, inclusive tambores xamânicos, hinos de igreja, música gospel e spirituals, podem nos levar a sentimentos de profunda paz e consciência espiritual. Elas também podem ser notavelmente úteis para nos ajudar a transcender – e aliviar – nossa dor.


Fonte:  “Efeito Mozart” - Don Campbell, Ed.Rocco

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